Tomar um banho de igarapé e outro de cheiro preparado com ervas aromáticas da mata, depois de degustar frutas amazônicas direto do pé. Fazer uma imersão cultural com foco principal na culinária amazônica – do reconhecimento de ingredientes e temperos ao preparo e degustação de refeições regionais.
Dois roteiros a partir de Belém são perfeitos para vivenciar o dia a dia de comunidades autênticas e experimentar os sabores únicos do estado. Que tal nas próximas férias? Ou no próximo feriadão?
Os destinos
Do movimento intenso dos barcos na Baía do Guajará às belas construções históricas da área central, erguidas entre os séculos 17 e 19, Belém reserva uma (ótima) surpresa atrás da outra. E, a partir dela, você escolhe qual direção tomar. Melhor: escolhe onde vai embarcar para visitar comunidades que revelam cada detalhe de seu dia a dia para os visitantes.
Do porto de Icoaraci, a cerca de 20 km da cidade, parte o barco (1h20) com destino à Cotijuba, com 20 quilômetros de costa e 11 praias – é a terceira maior ilha do arquipélago que forma a Baía do Guajará. Para chegar em Boa Vista do Acará, comunidade extrativista composta por cerca de 150 famílias, o ponto de partida é o porto da Praça Princesa Isabel, bem perto do Centro – o barco leva 50 minutos para descer o rio Acará e chegar ao destino.
As experiências
A imersão no modo de vida dos ribeirinhos já começa na viagem de barco a caminho de Boa Vista do Acará, quando as casas construídas sobre palafitas e as palmeiras de açaí começam a tomar conta da paisagem. Na comunidade, os moradores mostram, por exemplo, a produção de farinha artesanal, o plantio da priprioca (raiz aromática usada na produção de cosméticos), a colheita de frutas típicas (como açaí e cupuaçu) direto do pé. Para relaxar, um delicioso mergulhos nos igarapés, com direito a banho de cheiro de ervas aromáticas.
Em Cotijuba, a verdadeira imersão culinária e cultural inclui as refeições caseiras preparadas pelas anfitriãs (incluindo os cafés da manhã regionais), o reconhecimento de sementes e insumos que se transformam em biojoias, as caminhadas com direito a banho de rio e o inesquecível luau na praia, ao ritmo local.
O Turismo de Base Comunitária
Cotijuba e Boa Vista são ótimos exemplos de implantação do Turismo de Base Comunitária como fonte complementar de renda e de desenvolvimento para destinos que, como eles, guardam enorme riqueza cultural, mas estão fora dos roteiros de turismo tradicionais.
Na primeira, quem recebe os visitantes são as mulheres do projeto MMIB (Movimento das Mulheres das Ilhas de Belém), que busca o desenvolvimento socioeconômico das ilhas próximas à Belém através de atividades como a produção de biojoias e de papel, e do processamento de matéria-prima (Ucuuba e Priprioca) para a indústria de cosméticos.
Em Boa Vista, a comunidade teve papel fundamental na criação do roteiro, precificando e escolhendo as atividades mais representativas de sua cultura – um dos objetivos do programa de turismo é envolver os jovens da comunidade, para que eles não sejam forçados a deixar o lugar onde nasceram em busca de oportunidades nas grandes cidades.
Quem leva
Boa Vista do Acará: o passeio, bate e volta a partir de Belém, dura um dia. Há datas pré-agendadas para a visita de grupos, mas também é possível programar passeios particulares com e Estação Gabiraba: www.estacaogabiraba.com.br, +55 (91) 99627-4612.
Ilha de Cotijuba: os roteiros de 3 a 6 dias, com datas também pré-agendadas, são realizado pela Vivejar: www.vivejar.com.br, + 55 (11) 3031-3034.
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