
A experiência única
Conhecer as incríveis paisagens do Jalapão e o dia a dia de uma comunidade que nasceu de um antigo quilombo, tomar banho de cachoeira e ouvir as histórias da região em uma roda de fogueira ao som de sanfona.
O destino
É difícil comparar o Jalapão a qualquer outra paisagem brasileira: são 32 mil km2 de área no leste do estado do Tocantins que reúnem um curioso combinado de elementos naturais: dunas, lagoas, chapadas, cachoeiras, rios, prainhas, áreas de cerrado com vegetação rasteira e campos gerais. Circular pelas estradas de areia para chegar aos atrativos e aos principais municípios da região (Ponte Alta, São Félix e Mateiros) ainda é possível apenas com veículos 4×4. A dificuldade de acesso garante, em alguma medida, a preservação do meio e contribui para manter tradições de comunidades negras cujos antepassados chegaram ao Jalapão no final do século 19 como escravos fugidos de fazendas na Bahia.
Uma dessas comunidades é o povoado do Prata, com cerca de 100 famílias, que recebeu capacitações e recursos com o apoio do estado e de editais para estruturar um programa de turismo comunitário. Quem decide passar alguns dias por aqui (há hospedagens comunitárias disponíveis) tem a chance de conhecer o dia a dia da comunidade de perto, seja visitando os quintais das casas e a produção de rapadura, ajudando a colher as frutas do cerrado que são usadas para as receitas tradicionais servidas no almoço ou testemunhando a produção do famoso artesanato de capim dourado. Para explorar os arredores, as bicicletas disponíveis para aluguel são uma ótima pedida – principalmente se for para conhecer a Cachoeira do Prata, a seis quilômetros da comunidade. Mas melhor não se afastar muito pra não perder a roda de fogueira com contação de história ao som da sanfona no final do dia.
Está neste guia por que
– O turismo é gerido pela comunidade por meio da Associação de Pequenos Produtores do Povoado do Prata e a renda distribuída pelos comunitários.
– Valoriza saberes e fazeres de comunidades remanescentes de quilombos.
– Utilizam embalagens biodegradáveis (folhas e fios de buriti) na produção dos seus doces artesanais.
– Respeita o período de colheita do capim dourado, gerando renda por meio do artesanato com baixo impacto para o meio ambiente natural.